Para mim, "Deus" é o que acontece, não o criador.
"Deus" significa o que vem acontecendo eternamente; assim, qualquer coisa que acontece é Deus.
Todas as pessoas são acontecimentos, e esse eterno acontecer é Deus.
Não há criador nem criação.
A própria dicotomia é egoísta, é nossa projeção no plano cósmico.
Uma vez que você sabe que não há dicotomia dentro de si, entre o agente e a ação, sabe que dentro da própria existência não há agente nem ação, apenas acontecimentos.
Quando você tem essa revelação dos acontecimentos eternos, não existe carga, não há tensão.
Seu nascimento é um acontecimento e sua morte será um acontecimento.
Estar aqui é um acontecimento.
Não estar aqui será um acontecimento.
As pessoas nascem com a forma de semente;
podem tornar-se flores ou não.
Tudo depende de si, do que faz consigo;
tudo depende de você crescer ou não.
A escolha é sua – e a cada momento
é preciso enfrentar essa escolha;
A cada momento você está numa encruzilhada.
Milhões de pessoas decidem não crescer.
Continuam a ser sementes;
continuam a ser possibilidades,
nunca se tornam realidades.
Elas não sabem o que é
realizarem-se pelos seus próprios meios,
não conhecem todo o seu potencial,
não sabem nada acerca do ser.
Vivem completamente vazias,
morrem completamente vazias...
“Aqueles que nunca falam do Senhor, que nem sequer estão conscientes Dele, que estão ocupados em multiplicar e fortalecer os laços de Samsara (existência mundana), que pregam e praticam falsidade, injustiça e opressão, e que o aconselham a se afastar do caminho do Dharma (retidão) - trate essas pessoas não como seus amigos, mas como pessoas a serem evitadas a todo custo. Associação com má companhia o leva a cometer erros contra sua vontade, proferindo palavras que não deveriam ser ditas, praticando ações que não devem ser feitas e, consequentemente, trilhando o caminho para baixo, para a ruína. Pessoas que não temem nem as consequências do pecado, nem a Deus, são capazes de se aventurar em qualquer maldade; isso não é motivo para surpresa. Assim, procure a companhia daqueles que temem a Deus e ao pecado; somente essa é a verdadeira boa companhia.”
Façamos Nossa Luz
"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens." - Jesus. (MATEUS, capítulo 5, versículo 16.)
Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limi tado círculo de ação.
Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar.
A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade.
A angústia de nosso plano procede da sombra.
A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos.
Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja.
É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem.
É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Os proprie tários das lâmpadas acesas podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não merecemos.
Vale-te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada. Agradece ao que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!...
O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.
Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de auto-educação, de conversão substancial do "eu" ao Reino de Deus.
Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo...
Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada.
Todavia, avançar sem luz é impossível.
Emmanuel
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