sexta-feira, 9 de maio de 2014

                       O Evangelho Segundo o Espiritismo



por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires
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O Suicídio e a Loucura

14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que ohomem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apóiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa idéia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.

A propagação das idéias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a idéia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a idéia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.

17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à idéia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes. Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência.






ALCANÇARÁS


Se meditares na experiência que já te trouxe a existência e tantas cruzes que te pareciam por demais pesadas e por ti depositadas nos calvários das sucessivas superações que conquistaste, verás que evolver aos céus se constitui em jornada de espinhos e alegrias, pedrouços e remansos, alternando-se, sob a Benção Divina o sofrimento e a esperança, a lágrima e o sorriso, como inseparáveis irmãos da senda humana.
Aqui, colheu-te o coração despedaçado pela ingratidão, a alma amiga com a palavra do estímulo digno.
Mais adiante, sob a queda moral, encontraste o lume da fé clarificadora, a arrancar-te forças ocultadas pelo desespero e afloradas por harpas espirituais que te tangeram a consciência em rogativa de misericórdia
Ontem a solidão te visitou a alma em profunda melancolia, e quando os horizontes se ensombreciam em insuportáveis tempestades emocionais, o sorriso ou o afago de um coração extremoso estampava o Sol da alegria por entre as nuvens do desgosto.
A doença física te abateu sobre a enxerga e a medicação alcançou-te os lábios carentes de saúde.
A moeda negou-te o pão e viste o donativo fraternal a revigorar-te a mesa.
Se guardas, assim, a lembrança e a gratidão de quanto caminhaste e venceste, mesmo sob rigores e instantes de desalento, não te deixes tolher na rede enganosa do desânimo, quando obstáculos se interpuserem entre ti e os teus sonhos.
Haverá sempre um anjo que te aparecerá no caminho e como silencioso Cireneu te apontará o próximo calvário a galgar, emprestando-te forças e dizendo-te de coração a coração, fitando o mais alto do monte: "alcançarás!".



                                    O céu se ganha pela caridade e pela brandura

A afabilidade e a doçura são formas com que se manifesta a benevolência entre as criaturas humanas, assim o disse Lázaro (Espírito) em uma mensagem transmitida no ano de 1861 em Paris e inserida por Allan Kardec no cap. IX de seu livro O Evangelho segundo o Espiritismo.
Ora, a virtude a que chamamos benevolência é expressamente mencionada pelos instrutores espirituais que participaram da obra de codificação da doutrina espírita, quando por eles foi dito qual o sentido da palavra caridade segundo o entendimento de Jesus. A informação está contida na resposta dada à questão 886 d´O Livro dos Espíritos, adiante reproduzida:
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
Nota de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.
A caridade, como se vê, vai além do simples ato de se praticar a beneficência, porque deve abranger todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores.

      Sinteticamente, ela pressupõe:

Foto: Tranquilizar-se em Deus

Não há quem percorra os caminhos da vida isento das dificuldades e situações desafiadoras.
As vidas tranquilas, os cotidianos previsíveis também têm seus dias de dores, de problemas e de aflições.
Alguns surgem de repente, qual tsunami arrastando e arrasando tudo que aparentemente parecia tão em ordem.
Outros se fazem tempestade de longo prazo, que se inicia lenta, ganhando força com o tempo e arrancando o que haja pela frente.
Não poucos, no mundo, enfrentam os mais graves desafios.
Ora o companheiro, que parecia tão feliz ao nosso lado, decide romper laços construídos no tempo e se evadir do lar, buscando aventuras.
Outros há que, em exame de saúde rotineiro, descobrem a doença invasiva, que já se instalou avassaladora.
Tantos são aqueles que, sob os camartelos do clima, veem o lar, os amores, seus pertences serem levados de roldão em poucas horas, sobrando o vazio.
São as aflições do mundo, as dores da vida a nos acompanhar os dias de aprendizado.
Todas, independentemente da forma que se apresentem, são as lições necessárias para nosso aprendizado.
Dores são oportunidades da alma para a reflexão, o entendimento melhor dos porquês da vida.
Mas onde as dores nos encontrem, não nos permitamos abraçar o desespero e o desânimo.
Deus será sempre o provedor maior nas dificuldades e o amparo constante ao nosso coração combalido.
Se atravessamos dias difíceis, muitas vezes sob um silêncio dolorido e ignorado, amparemo-nos em Deus.
Se sentirmos a solidão dolorida e imensa na alma, mesmo na multidão bulhenta que nos acompanha o caminhar, refugiemo-nos em Deus.
Se aflições nos tomam a alma, a rasgar-nos as fibras do sentimento, dilacerando-nos a intimidade, assosseguemo-nos em Deus.
Se a consciência gritar, acusando-nos de erros perdidos no silêncio do tempo, mas que nos atormentam o caminhar, aconselhemo-nos com Deus.
Ele será sempre o amparo perante as dores do mundo e o sustento nas necessidades mais íntimas.
Ao buscarmos Deus, seja qual for o nosso problema, ao tranquilizarmo-nos em Deus, hauriremos o de que necessitamos para enfrentar os desafios.
E, por fim, recordemos, como nos ensinou Jesus, que mesmo um homem mau jamais daria uma serpente ao filho se esse lhe pedisse um pedaço de pão. Que dirá o Pai, que está nos céus, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos amados!
*   *   *
Ante os dissabores, mantenhamos nossa confiança em Deus que nos mantém a vida e nos guarda em Seu amor.
Mesmo que as dores possam nos parecer além das forças, tenhamos a certeza de que o Pai amoroso e bom está atento. O que nos pareça excesso de sofrimento, logo mais, como tempestade de verão, se acalmará, permitindo-nos ver o céu claro das bênçãos celestes.
Redação do Momento Espírita

Tranquilizar-se em Deus



Não há quem percorra os caminhos da vida isento das dificuldades e situações desafiadoras.
As vidas tranquilas, os cotidianos previsíveis também têm seus dias de dores, de problemas e de aflições.
Alguns surgem de repente, qual tsunami arrastando e arrasando tudo que aparentemente parecia tão em ordem.
Outros se fazem tempestade de longo prazo, que se inicia lenta, ganhando força com o tempo e arrancando o que haja pela frente.
Não poucos, no mundo, enfrentam os mais graves desafios.
Ora o companheiro, que parecia tão feliz ao nosso lado, decide romper laços construídos no tempo e se evadir do lar, buscando aventuras.
Outros há que, em exame de saúde rotineiro, descobrem a doença invasiva, que já se instalou avassaladora.
Tantos são aqueles que, sob os camartelos do clima, veem o lar, os amores, seus pertences serem levados de roldão em poucas horas, sobrando o vazio.
São as aflições do mundo, as dores da vida a nos acompanhar os dias de aprendizado.
Todas, independentemente da forma que se apresentem, são as lições necessárias para nosso aprendizado.
Dores são oportunidades da alma para a reflexão, o entendimento melhor dos porquês da vida.
Mas onde as dores nos encontrem, não nos permitamos abraçar o desespero e o desânimo.
Deus será sempre o provedor maior nas dificuldades e o amparo constante ao nosso coração combalido.
Se atravessamos dias difíceis, muitas vezes sob um silêncio dolorido e ignorado, amparemo-nos em Deus.
Se sentirmos a solidão dolorida e imensa na alma, mesmo na multidão bulhenta que nos acompanha o caminhar, refugiemo-nos em Deus.
Se aflições nos tomam a alma, a rasgar-nos as fibras do sentimento, dilacerando-nos a intimidade, assosseguemo-nos em Deus.
Se a consciência gritar, acusando-nos de erros perdidos no silêncio do tempo, mas que nos atormentam o caminhar, aconselhemo-nos com Deus.
Ele será sempre o amparo perante as dores do mundo e o sustento nas necessidades mais íntimas.
Ao buscarmos Deus, seja qual for o nosso problema, ao tranquilizarmo-nos em Deus, hauriremos o de que necessitamos para enfrentar os desafios.
E, por fim, recordemos, como nos ensinou Jesus, que mesmo um homem mau jamais daria uma serpente ao filho se esse lhe pedisse um pedaço de pão. Que dirá o Pai, que está nos céus, a cuidar de cada um de nós, Seus filhos amados!
* * *
Ante os dissabores, mantenhamos nossa confiança em Deus que nos mantém a vida e nos guarda em Seu amor.
Mesmo que as dores possam nos parecer além das forças, tenhamos a certeza de que o Pai amoroso e bom está atento. O que nos pareça excesso de sofrimento, logo mais, como tempestade de verão, se acalmará, permitindo-nos ver o céu claro das bênçãos celestes.


Foto: Prece de Aceitação Muita Paz

Se eu pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...

Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.

Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...

Se pudesse, Senhor, 
conversaria com todas as crianças
Para dizer que não te cansas de criar alegria...
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues 
conosco, lado a lado...
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela 
pequenina, acesa no clarão do sol que levas, 
de modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina...
Entretanto, Senhor, sei das deficiências 
que carrego... Venho a ti como estou, 

por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, 
paz e luz,Toma-me o coração e, 
perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e 
ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.

Chico Xavier - Maria Dolores -


Pceitação Muita Paz



Se eu pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo...

Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.

Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!...

Se pudesse, Senhor, 
conversaria com todas as crianças
Para dizer que não te cansas de criar alegria...
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues 
conosco, lado a lado...
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela 
pequenina, acesa no clarão do sol que levas, 
de modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina...
Entretanto, Senhor, sei das deficiências 
que carrego... Venho a ti como estou, 

por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou...
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, 
paz e luz,Toma-me o coração e, 
perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e 
ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.

Chico Xavier rece de A



domingo, 4 de maio de 2014


Ganesha também é conhecido como Vidya Varidhi (oceano de conhecimento), responsável por manter um registro de todos os eventos do universo sem nenhum erro, considerado o registrador das escrituras do universo. Os grandes santos e Yoguis recebem as revelações e Ganesha é quem escreve, por isso é sempre invocado antes de começar uma adoração cerimonial, leitura de escrituras, casamentos, início de projetos, entre outros.

A mensagem do dia de Ganesha Chaturthi é:
Desperte sua inteligência e você ganhará em todas as esferas de sua vida seja físico, mental ou espiritual.



Om Gam Ganapataye Namah ! 
Jaya Ganesha !
Gam Gam Ganapati sharanam Ganesha
Gam Gam Ganapati sharanam Ganesha
jaya Ganesha jaya jaya Gananátha

jaya Ganesha jaya jaya Gananátha
Om Gam GaAapataye namah
Jay Gajamukhanátha kí jai!
Proteja-nos!
Namastê.
O Mantra do Ganesha é : 
GANESHA SHARANAN
SHARANAN GANESHA GANESHA SHARANAN
SHARANAN GANESHA


Ganesha é o Mestre do Conhecimento, da Inteligência e da Sapiência. É aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos obstáculos, Guardião da Riqueza, da Beleza, da Saúde, do Sucesso, da Prosperidade, da Graça, da Compaixão, da Força e do Equilíbrio.
Ganesha significa "Senhor de Todos os Seres".
É filho do Senhor Shiva, a "Realidade Suprema", e de Parvati, a "Mãe do Cosmos". 
Seus sinais sobre a testa representam as três dimensões: a região inferior, a Terra e o Paraíso. Suas orelhas simbolizam a grande sapiência da educação espiritual. Seus olhos enxergam além da dualidade, o espírito de Deus em cada um. Sua tromba indica capacidade intelectiva. Suas presas representam os mundos material e espiritual, negativo e positivo, Ying e Yang, forte e fraco. Sua enorme barriga indica capacidade de "ingerir" qualquer experiência, representando também a abundância. Seus braços representam os quatro atributos do corpo: mente, corpo, intelecto e consciência. 
Em sua mão direita (acima) carrega uma machadinha, que decepa os apegos do mundo material; na outra (abaixo), o sinal do OM, que abençoa com prosperidade e destemor; na mão esquerda (acima), o laço significa a fertilidade, a própria natureza; na outra (abaixo), gadu, um doce feito de grão-de-bico com açúcar granulado ou doce-de-leite com arroz, que representa a satisfação e a plenitude do conhecimento. O rato significa que devemos ser astutos e diligentes em nossas ações. A serpente é o símbolo da energia física, guardiã dos segredos da Terra.


Ganesha pertence à família dos deuses mais populares do Hinduísmo. Ele é o primogênito de Shiva e Parvati. Shiva é a terceira pessoa da trindade hindu. É o Deus da renovação, destrói para construir algo novo (transformação). Ele é o criador da Yoga. Parvati é a filha dos Himalayas. Deusa da beleza, mãe bondosa e mulher devotada. Shiva tem alma aventureira e adora viajar montado em sua vaca branca Nandi. Infelizmente, os lugares que ele mais gosta são as montanhas inacessíveis e perigosas. Adora também os crematórios, mas sua paixão é a meditação e a Yoga. Quando pratica a Yoga, nem mesmo um terremoto o perturba. 
Por algum tempo depois de seu casamento com a bela Parvati, vivendo em um bangalô no Himalaya, longe da civilização, Shiva começava a sentir falta de suas viagens; foi quando Parvati, já desconfiada, pergunta-lhe: 
- Shiva, por que não viaja por uns tempos? Não sente saudades dos seus companheiros? 
- É que quando estou perto de você, não sinto falta de nada. E, na verdade, todos os meus companheiros estão em torno da casa, eles nunca se afastam de mim. Eu não quero assustá-la, mas todos os fantasmas, demônios e gnomos, apesar de estarem invisíveis e quietos, estão presentes. Espero apenas que não peça para mandá-los embora, pois são como crianças e sabem o quanto lhe amo. 
- Claro que não Shiva, podem ficar. Mas e a sua meditação? Ela era sua maior ocupação. Shiva, no fundo, sabia que ela estava certa e que tinha muita saudade das montanhas, onde sentava para meditar. E sabia que fora pela meditação que conseguiu se transformar em um Deus tão poderoso. Shiva então, depois de uma longa conversa, decidiu sair para meditar. Feliz, coloca sua pele de tigre na cintura, enrola suas cobras favoritas no pescoço, apanha seu tridente e sai montado em sua vaca, Nandi, seguido de seus estranhos companheiros. Mas não podemos nos esquecer de que quando Shiva medita, é impossível despertá-lo. E foi isso que aconteceu. Muito tempo se passou quando, finalmente, Shiva levantou-se da posição de lótus, lembrou-se de sua Parvati e correu de volta para ela. Nesse ínterim, Parvati transformara aquela simples choupana num lugar muito confortável e bonito. E não ficou sozinha por muito tempo. Shiva não sabia, mas a tinha deixado grávida. E, no tempo certo, deu à luz um lindo bebê, Ganapati. Os anos passaram-se, o deus bebê cresceu e se transformou num rapazinho muito inteligente. Numa manhã de primavera, Parvati estava tomando banho enquanto Ganapati se mantinha perto do portão, aguardando sua mãe. Nesse instante, um homem alto, com cabelos longos, um monte de cobras enroladas em seu pescoço e vestido com uma pele de tigre e uma aparência selvagem, aproxima-se do portão. 
Shiva parou e olhou com estranheza para o bangalô. "Será que esta casa linda era mesmo a sua? E quem seria aquele rapaz parado no portão?"
- Deixe-me entrar! - disse Shiva, impaciente e descortês.

Ganesha  o deus da prosperidade  e o que remove os ostaculos



Ganesha pertence à família de deuses mais populares do Hinduísmo. Ele é o filho mais velho de Parvati e Shiva. Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a firme dedicação ao estudo das escrituras. 
Ganesha é o Sábio. Ganesha tem na fronte o Vibhuti e um pequeno tridente indicando que é filho de Shiva - o Senhor da disciplina e da aniquilação da ignorância, indica também, que o sábio tem sempre em mente o Ser Supremo.
As enormes orelhas e a cabeça de elefante representam os dois primeiros passos para a auto realização - “Sravanam”, escutar o ensinamento e “Mananam”, refletir sobre ele. A tromba representa “Viveka”, a capacidade de discriminação entre Nitya, o eterno e ilimitado, e Anitya, o não eterno. O intelecto do homem comum está sempre preso entre os pares de opostos (as presas), o Sábio não é mais afetado por esses pares de opostos (frio-calor, prazer-dor, alegria-tristeza, etc.) tendo atingido um estado de equanimidade , representado por uma das presas quebrada. O Sábio nunca esquece sua verdadeira natureza (memória de elefante). A barriga enorme representa sua capacidade de engolir, digerir e assimilar todos os obstáculos, assim como o ensinamento escutado. O ratinho que fica aos seus pés simboliza o Ego e seus desejos com sua voracidade e cobiça, frequentemente roubando mais do que pode comer e guardando mais do que pode lembrar. 
O Sábio tem o desejo sob total controlo, por isso o ratinho olha para cima e aguarda sua permissão para comer os objetos dos sentidos. A cabeça de Ganesha simboliza o Atman ou a alma, que é a suprema realidade da existência humana, e seu corpo humano representa Maya, ou a existência terrena dos seres humanos. A cabeça de elefante indica sabedoria e seu tronco representa Om, o símbolo de som da realidade cósmica. Na mão direita superior Ganesha tem um aguilhão, que ajuda a impulsionar a humanidade para a frente no caminho eterno e eliminar os obstáculos do caminho. A corda na mão esquerda de Ganesha é um delicado instrumento para captar todas as dificuldades. A presa quebrada de Ganesha, que tem como uma caneta na mão direita inferior é um símbolo de sacrifício, que partiu para escrever o Mahabharata.
O rosário na mão de outros autores sugere que a busca do conhecimento deve ser contínuo. O lado (doce) que detém no seu tronco indica que é preciso descobrir a doçura do Atman. Seus ouvidos fã-como saber que ele é todo ouvidos para a nossa petição. A serpente que corre em volta de sua cintura representa a energia em todas as formas. A mão inferior esquerda oferece Modaka - Modaka é um doce de leite e arroz tostado que representa a satisfação, a plenitude que se alcança com um caminho de disciplina e auto conhecimento.



Para adorar Ganesha, monte um pequeno altar com um pano vermelho e a sua imagem e faça diariamente os seus mantras ou oração. Como oferendas pode colocar arroz cozido só em água, flores amarelas e vermelhas, queime um incenso de Sândalo, e velas vermelhas e amarelas, um potinho com rebuçados de coco, um pratinho com nove moedas. Um cristal branco também pode ser colocado no seu altar.
Repita nove vezes o mantra OM, e o mantra “Om Gam Ganapataye namaha”.
Ganesha, a própria consciência



Mitologia Hindu: Os Nomes de Ganesha
Nomes de Ganesha através dos quais ele deve ser lembrado:
1 - Aquele que tem a tromba curva;

2 - Aquele que tem um dente;

3 - Aquele cujo veículo é um rato escuro;

4 - Aquele que tem a face de elefante;

5 - Aquele que tem um grande abdome;

6 - O grande;

7 - O rei dos obstáculos;

8 - Aquele que tem a cor escura;

9 - Aquele que tem a lua na testa;

10 - O removedor dos obstáculos;

11- O Senhor dos ganas, forças de Shiva.




Ele é o ‘Deus da Boa Fortuna” e também o “Destruidor de Obstáculos” de ordem material ou espiritual.
Ganesha é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) sobretudo pelos mercadores e homens de negócio. 
O ANIVERSÁRIO DE GANHESHA
GANESHA CHATURTHI



Ganesha Chaturthi cai no quarto dia da quinzena de lua escura no mês Hindu de Bhadra(setembro), exatamente no dia 11 de setembro. Neste dia, as pessoas por toda parte na Índia celebram o aniversário de Ganesha. Ganesha é um símbolo muito poderoso do Yoga, e uma lembrança de como deveria ser nossa visão para administrar nossas vidas, com objetivo de viver mais harmoniosamente e conscientemente.
Ganesha é um dos personagens mitológicos mais populares da Índia. É considerado o destruidor dos obstáculos ao desenvolvimento espiritual e material, permitindo aos seus devotos alcançar as riquezas e assegurando o êxito em todos os empreendimentos, por isso é a primeira divindade reverenciada em todos os rituais hindus.
Chaturthi quer dizer 'o quarto'. Aqui especificamente recorre ao quarto estado de ser, super-consciência. Um indivíduo tem que buscar a ajuda de Ganesha se ele desejar chegar a este quarto estado. Por isto que o festival é chamado Ganesha Chaturthi. É uma lembrança que se devem buscar as bênçãos de Ganesha para se ter sucesso no Sadhana Yogui (prática de Yoga).
A palavra Ganesha é composta de duas palavras do sânscrito: Gana (criado ou administrador) eIsha (supremo). Então Ganesha quer dizer literalmente 'o administrador' supremo. Ele também é conhecido amplamente como Ganapati, 'o administrador' principal. A palavra Gana nesse contexto tem significado especial. A mente cósmica e individual tem aspectos diferentes ou poderes; estes são chamadas Ganas. Ganesha é o chefe ou o que possui maior destes poderes, que controla todos os outros. O poder da inteligência que dirige tudo no cosmo e no homem.
Ganesha simboliza aquela inteligência inexplorada dentro de cada um de nós. O propósito de adorar e evocar Ganesha é provocar a transformação interna, enquanto resultando de uma expressão de pura inteligência, despertado progressiva e gradualmente por Sadhana Yogui, ou seja, práticas de Yoga.



Existe uma lenda que conta que Ganesha é o segundo filho mítico de Shiva (que representa a Consciência) e Parvati (que representa a energia dinâmica). O primeiro filho deles se chamaKartikeya ou Subramanyam, cujo filho simboliza aspectos de nosso ser que não participa dos negócios mundanos, e com intensa manifestação das qualidades do pai (Shiva): severidade, separação, conhecimento espiritual e felicidades. Entretanto Parvati queria um filho mais da terra, que fosse seu ajudante, assim criou Ganesha uma perfeita combinação de inteligência e participação ativa no mundo, que simboliza aí os aspectos mais práticos do nosso ser.