sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Fogo Violeta.


O Fogo Violeta é uma corrente de energia capacitada e adequada para captar e dissolver energias imperfeitas, de modo que elas possam, novamente, ser carregadas com a perfeição. Esta Chama é uma contínua força operante de amor, misericórdia e compaixão que afasta causas criadas pelos humanos e cuja expansão traria as piores desgraças. Quando a humanidade chegar a esta compreensão e, conscientemente, fizer uso do Fogo Violeta, ela não mais terá que sofrer, sempre e sempre, pelas causas passadas que geram infortúnios.

Até há pouco tempo, este Fogo Sagrado só era conhecido nos Santuários, nos Templos Etéricos de Luz dos Mestres Ascensionados. Como o tempo é curto e determinadas coisas deverão ser concluídas, estes conhecimentos foram trazidos ao mundo externo, onde TODOS poderão adquirir, usar e viver a liberdade.

No ano de 1954 começou a ERA DA LIBERDADE para a Terra! Estamos atravessando, agora, uma época bastante especial na história de nosso planeta, onde deve e vai reinar, eternamente, a Liberdade. Quer dizer: a energia que envolve a humanidade e a atmosfera - que está carregada com impurezas, discórdias e maldades - será TRANSFORMADA pelo Fogo Violeta; quando isto for conseguido, o homem será, novamente, LIVRE: Poderá receber instruções diretamente de sua Presença Divina e das Ascensionadas Legiões de Luzes. Portanto, todos receberão a liberdade, não somente os humanos, mas também o reino dos elementais, as criaturas quadrúpedes e tudo o que vive, passarão a existir como era no princípio a Vontade de Deus - em amor, paz, harmonia e liberdade.

O Grande Mestre Ascensionado SAINT GERMAIN é o Ser que dirige os dois mil anos já iniciados da ERA DA LIBERDADE. Sua gigantesca missão é LIBERTAR todos os viventes, com também a Terra, e isto será realizado por meio do Fogo Violeta. Separadamente e em grupos, os homens apelam desejando dissolver toda criação inferior que obscurecer a luz dos homens.

Se apelais pela vossa Presença Divina "EU SOU" e ao Mestre Ascensionado Saint Germain para chamejar o Fogo Violeta através de vós, ele começará a afastar todas as criações negativas em vossos corpos do sentimento, do pensamento, etérico e físico; ireis constatar uma acentuada leveza e expansão em vossos sentimentos, uma notável clareza em vossos sentidos e mudança em vosso corpo. Alguns discípulos vêem esta chama violeta quando apelam por auxílio em seus círculos de vida; outros a sentem. Mesmo que vós não a vejais, ela está operando. Parece ser invisível, mas chegamos a ver as coisas mais importantes da vida? Não são visíveis aos nossos olhos a vida, a eletricidade, o amor, o ódio, a guerra (os efeitos de guerra: ódio, vingança, tristezas, dor etc.) e a paz.; no entanto, são bem reais; podemos, em qualquer caso, ver os seus efeitos. O uso diário da vivente Chama Violeta pode afastar muita coisa que está acontecendo em vosso mundo. Mas, talvez deva ser esclarecido que, quando empregais sinceramente o Fogo Violeta e "acontecem" pequenos efeitos - isto não quer dizer que a Chama não faça a obra completa; significa que vossas CRIAÇÕES HUMANAS vêm à luz antes que as tenhais dissolvido.

Sobre isto, alguém, em certa ocasião, disse: Assemelha-se a uma escada "rolante" trazendo ao mundo atual a ação das forças do passado. Vosso trabalho é usar, suficientemente, a Chama Violeta para que tais FORÇAS PERMANEÇAM INERTES OU SEJAM DISSOLVIDAS ANTES QUE POSSAM AGIR. Quando a Chama age, é com se explodisse uma porção de vossas criações humanas e então ficásseis livres de determinas qualidades inferiores.

Procurai agir sempre com crescente entusiasmo, para dissolver-se rapidamente, tão depressa quanto possível, o que se apresenta na superfície de vossa vida diária.   


 

É dando que se recebe?
Estamos em tempos de montagem de governos. Há disputas por cargos e funções por parte de partidos e de políticos. Ocorrem sempre negociações, carregadas de interesses e de muita vaidade. Neste contexto, se ouve citar um tópico da inspiradora oração de São Francisco pela paz “é dando que se recebe” para justificar a permuta de favores e de apoios onde também rola muito dinheiro. É uma manipulação torpe do espírito generoso e desinteressado de São Francisco. Mas desprezemos estes desvios e vejamos seu sentido verdadeiro.
Há duas economias: a dos bens materiais e a dos bens espirituais. Elas seguem lógicas diferentes. Na economia dos bens materiais, quanto mais você dá bens, roupas, casas, terras e dinheiro, menos você tem. Se alguém dá sem prudência e esbanja perdulariamente acaba na pobreza.
Na economia dos bens espirituais, ao contrario, quanto mais dá, mais recebe, quanto mais entrega, mais tem. Quer dizer, quanto mais dá amor, dedicação e acolhida (bens espirituais) mais ganha como pessoa e mais sobe no conceito dos outros. Os bens espirituais são como o amor: ao se dividirem, se multiplicam. Ou como o fogo: ao se espalharem, aumentam.
Compreendemos este paradoxo se atentarmos para a estrutura de base do ser humano. Ele é um ser de relações ilimitadas. Quanto mais se relaciona, vale dizer, sai de si em direção do outro, do diferente, da natureza e até de Deus, quer dizer, quanto mais dá acolhida e amor mais se enriquece, mais se orna de valores, mais cresce e irradia como pessoa.
Portanto, é “dando que se recebe”. Muitas vezes se recebe muito mais do que se dá. Não é esta a experiência atestada por tantos e tantas que dão tempo, dedicação e bens na ajuda aos flagelados da hecatombe socioambiental ocorrida nas cidades serranas do Rio de Janeiro, no triste mês de fevereiro, quando centenas morreram e milhares ficaram desabrigados? Este “dar” desinteressado produz um efeito espiritual espantoso que é sentir-se mais humanizado e enriquecido. Torna-se gente de bem, tão necessária hoje.
Quando alguém de posses, dá de seus bens materiais dentro da lógica da economia dos bens espirituais para apoiar aos que tudo perderam e ajudá-los a refazer a vida e a casa, experimenta a satisfação interior de estar junto de quem precisa e pode testemunhar o que São Paulo dizia:”maior felicidade é dar que receber”(At 20,35). Esse que não é pobre, se sente espiritualmente rico.
Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo, galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares, tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos. Todos co-existem, inter-existem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico.
Nosso drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual.
Portanto, urge incorporar, de forma vigorosa, a economia dos bens espirituais à economia dos bens materiais. Só assim restabeleceremos a reciprocidade do dar e do receber. Haveria menos opulência nas mãos de poucos e os muitos pobres sairiam da carência e poderiam sentar-se à mesa comendo e bebendo do fruto de seu trabalho. Tem mais sentido partilhar do que acumular, reforçar o bem viver de todos do que buscar avaramente o bem particular. Que levamos da Terra? Apenas bens do capital espiritual. O capital material fica para trás.
O importante mesmo é dar, dar e mais uma vez dar. Só assim se recebe. E se comprova a verdade franciscana segundo a qual ”é dando que recebe” ininterruptamente amor, reconhecimento e perdão. Fora disso, tudo é negócio e feira de vaidades.
Leonardo Boff é autor de A oração de São Francisco   









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